Brinquedos para ensinar
Os méritos do filme dirigido por John Lasseter são muitos. Além de
ser um belíssimo trabalho (estreia da parceria entre Disney e Pixar), com
roteiro bem arquitetado, personagens carismáticos e aventura na medida
certa, abriu portas para várias outras boas produções.
Se não fossem Woody e Buzz, talvez não víssemos (do modo como
chegaram aos nossos olhos, pelo menos) Formiguinhaz (1998), Shrek (2001), Procurando
Nemo (2003) e Ratatouille (2007), entre
tantos outros.
Woody, um cowboy das antigas, é o boneco favorito de Andy, até que o
garoto é presenteado com Buzz Lightyear, o herói do espaço, que passa a tomar
conta do quarto de brincar. A rivalidade entre os dois bonecos acaba levando-os
a enfrentar Sid, um garoto que mora ao lado e adora torturar brinquedos. Woody
e Buzz terão que trabalhar juntos para escapar dessa ameaça, mas, no meio do caminho, acabam percebendo que são verdadeiros
amigos.
Além do visual impressionante para a época, o que mais chama a atenção
em Toy Story é a sua trama. Criativa e com personagens
profundos, a animação tem uma história que consegue agradar em cheio as
crianças e ainda interessar aos adultos. Aliás, isso é uma característica da
grande maioria das animações dos últimos anos. Essa preocupação com
o público não infantil acabou elevando o desafio para os roteiristas e transformou as histórias em um programa para toda a
família.
Woody, por exemplo, é retratado como um bom brinquedo, porque e ótimo líder para seus amigos, responsável e atencioso.
No entanto, ao perder seu lugar de destaque na vida de Andy, o
cowboy revela uma sensação que lhe era desconhecida: a inveja. Que protagonista
de animações, até então, possuía sentimentos tão mundanos quanto ciúme e
inveja? Por conseguir quebrar os preceitos básicos do chamado “filme para
crianças”, a Pixar acerta em cheio. O fato de Woody ter estes defeitos não é
menos pedagógico para os pequenos. Eles acabam
entendendo que nutrir este tipo de sentimento acaba não levando a nada.
E tudo isso é compreendido sem apelar para lições de moral caretas ou óbvias.
Diante de tantos ensinamentos, pode-se afirmar que Toy story é um filme
para todas idades e traz muito mais do que humor como temática. Essa obra apresenta,
pois, uma excelente proposta para o público em geral.
https://www.papodecinema.com.br/filmes/toy-story/
01. Encontre palavras que substituam as expressões grifadas em amarelo:
02. De que forma o personagem Wood é descrito pelo resenhista?
03. Na sua opinião, a produção é capaz de ensinar algo às crianças?
04. Conforme a análise crítica do resenhista, é
possível afirmar que o filme Toy Story é recomendado para todas as idades?
Justifique:
05. Releia o trecho:
Que protagonista de animações, até então, possuía sentimentos tão
mundanos quanto ciúme e inveja? Por conseguir quebrar os preceitos básicos do
chamado “filme para crianças”, a Pixar acerta em cheio. O fato de Woody ter
estes defeitos não é menos pedagógico para os pequenos.
O que o resenhista quis dizer ao usar a expressão “menos pedagógico”?