Caça ao tesouro
Desde pequenas,
sabemos que os piratas dão a vida para encontrar tesouros. E nós ficamos
impressionadíssimas quando nosso pai disse em nossa primeira viagem à Antártica
que iríamos procurar um tesouro deixado anos atrás por ele e seus amigos em um
lugar chamado Pleneau. Pensávamos: “Pleneau, onde ficava esse lugar? O que será
que é esse tesouro? Como iríamos encontrá-lo no meio da neve?” Estávamos
curiosas. Não conseguimos descobrir mais nada. O que sabíamos era que, quando
esse tesouro foi guardado, cada um do grupo de amigos do nosso pai escolheu uma
coisa que gostava para deixar escondida, e também que tudo estava dentro de uma
caixa laranja. Provavelmente a caixa era desta cor para ficar mais fácil de ser
encontrada no gelo.
Contávamos com a ajuda de um GPS, mas, como
nosso pai dizia, tínhamos que ter sorte, porque ele tem uma margem de erro de
até 10 metros. Isso representa muito trabalho no meio daquela neve toda!
Começamos a cavar o buraco torcendo para encontrar logo. Cavamos, cavamos e
cavamos e, quando ninguém mais aguentava cavar, nosso pai continuou sozinho.
A escavação durou mais três dias e, é claro, o
único que continuou cavando foi nosso pai. A essa altura, o que fazíamos era
ficar reclamando porque ele não havia encontrado nada ainda! Mas, finalmente,
depois de cavar um buraco do tamanho de um elefante, nós vimos a tal da
caixinha laranja e começamos a gritar.
Tivemos duas grandes surpresas. Uma era que
havia uma dura placa de gelo por cima da caixa. Podíamos vê-la, mas era
impossível chegar até ela. Mais trabalho para o nosso pai... Foi duro, mas
finalmente conseguimos alcançá-la! A outra surpresa era que, depois de quase
explodirmos de alegria, ficamos paralisadas, não pelo frio, mas porque vimos
dentro da caixinha apenas uma garrafa de uísque, uma Bíblia, um cabo azul, um
pouco de dinheiro e algumas fotos. Ficamos sem graça... e a Marininha foi quem
perguntou: “Mas pai, cadê as joias, as pérolas e os colares de diamantes?”
A sensação de decepção durou alguns dias porque
tinha dado muito trabalho para achar. Mas nós tivemos uma ideia: fazer um
tesouro para deixar escondido no mesmo lugar. Ali colocamos coisas que nós
gostamos, como pequenos brinquedos, presilhinhas de cabelo e desenhos feitos
por nós. Assim, já teríamos um bom motivo para voltar para lá. E esse tesouro
nós mesmas fizemos e nosso pai nos ajudou a escondê-lo num lugar secreto. Esse,
sim, se tornou um tesouro de verdade para nós.
(Laura, Tamara e Marininha Klik. Férias na Antártica. São Paulo: Grão, 2010, p.24-5.)
EXPLORANDO
O GÊNERO
QUESTÃO 01. No texto, as narradoras
relatam um episódio marcante da viagem.
a)
Qual era a grande expectativa delas nesse episódio?
b) Quem foi o responsável por estimular a imaginação das crianças?
QUESTÃO 02. Com as
escavações, o tesouro não foi encontrado imediatamente, o que causa suspense na
narrativa.
a) Quanto tempo durou a espera das narradoras?
b) Que obstáculos tiveram que ser enfrentados durante esse tempo?
QUESTÃO 03. O
tesouro finalmente foi resgatado.
a)
O que as meninas sentiram ao ver o conteúdo da caixa?
( ) raiva
( ) decepção
( ) entusiasmo
Explique:
esse site e publico (interrogaça euuso muito esse site
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