terça-feira, 13 de abril de 2021

Atividade - 6º ano

 

Caça ao tesouro

 Desde pequenas, sabemos que os piratas dão a vida para encontrar tesouros. E nós ficamos impressionadíssimas quando nosso pai disse em nossa primeira viagem à Antártica que iríamos procurar um tesouro deixado anos atrás por ele e seus amigos em um lugar chamado Pleneau. Pensávamos: “Pleneau, onde ficava esse lugar? O que será que é esse tesouro? Como iríamos encontrá-lo no meio da neve?” Estávamos curiosas. Não conseguimos descobrir mais nada. O que sabíamos era que, quando esse tesouro foi guardado, cada um do grupo de amigos do nosso pai escolheu uma coisa que gostava para deixar escondida, e também que tudo estava dentro de uma caixa laranja. Provavelmente a caixa era desta cor para ficar mais fácil de ser encontrada no gelo.

Contávamos com a ajuda de um GPS, mas, como nosso pai dizia, tínhamos que ter sorte, porque ele tem uma margem de erro de até 10 metros. Isso representa muito trabalho no meio daquela neve toda! Começamos a cavar o buraco torcendo para encontrar logo. Cavamos, cavamos e cavamos e, quando ninguém mais aguentava cavar, nosso pai continuou sozinho.

A escavação durou mais três dias e, é claro, o único que continuou cavando foi nosso pai. A essa altura, o que fazíamos era ficar reclamando porque ele não havia encontrado nada ainda! Mas, finalmente, depois de cavar um buraco do tamanho de um elefante, nós vimos a tal da caixinha laranja e começamos a gritar.

Tivemos duas grandes surpresas. Uma era que havia uma dura placa de gelo por cima da caixa. Podíamos vê-la, mas era impossível chegar até ela. Mais trabalho para o nosso pai... Foi duro, mas finalmente conseguimos alcançá-la! A outra surpresa era que, depois de quase explodirmos de alegria, ficamos paralisadas, não pelo frio, mas porque vimos dentro da caixinha apenas uma garrafa de uísque, uma Bíblia, um cabo azul, um pouco de dinheiro e algumas fotos. Ficamos sem graça... e a Marininha foi quem perguntou: “Mas pai, cadê as joias, as pérolas e os colares de diamantes?”

A sensação de decepção durou alguns dias porque tinha dado muito trabalho para achar. Mas nós tivemos uma ideia: fazer um tesouro para deixar escondido no mesmo lugar. Ali colocamos coisas que nós gostamos, como pequenos brinquedos, presilhinhas de cabelo e desenhos feitos por nós. Assim, já teríamos um bom motivo para voltar para lá. E esse tesouro nós mesmas fizemos e nosso pai nos ajudou a escondê-lo num lugar secreto. Esse, sim, se tornou um tesouro de verdade para nós.

(Laura, Tamara e Marininha Klik. Férias na Antártica. São Paulo: Grão, 2010, p.24-5.)


 

EXPLORANDO O GÊNERO 

QUESTÃO 01. No texto, as narradoras relatam um episódio marcante da viagem.

 

a) Qual era a grande expectativa delas nesse episódio?

b) Quem foi o responsável por estimular a imaginação das crianças?


QUESTÃO 02. Com as escavações, o tesouro não foi encontrado imediatamente, o que causa suspense na narrativa.

a) Quanto tempo durou a espera das narradoras?

b) Que obstáculos tiveram que ser enfrentados durante esse tempo?


QUESTÃO 03. O tesouro finalmente foi resgatado.

a) O que as meninas sentiram ao ver o conteúdo da caixa?

(     ) raiva

(     ) decepção

(     ) entusiasmo

 

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